Em Eclesiastes 7.16,17 vemos que não devemos ser nem demasiadamente justos nem demasiadamente injustos. Isso indica que a Palavra de Deus não exige de nós uma santificação inatingível ou impossível de ser praticada. Ao mesmo tempo, está implícito que não nos é vedado o entretenimento, desde que feito com moderação. Podemos, pois, desfrutar de certos prazeres, como ir ao shopping com a família, participar de festas, etc.
De acordo com os princípios contidos em 1 Coríntios 6.12; 10.23,31, tudo nos é lícito, porém temos de ter maturidade para não desfrutar demais do mundo. É claro que papai Noel e árvore de Natal estão atrelados, em sua origem, ao paganismo. Mas nenhum crente em Jesus Cristo põe uma árvore de Natal em sua casa em louvor a ídolos. Presume-se que um cristão tenha o mínimo de maturidade para entender que a árvore se trata apenas de um símbolo natalino, empregado em todo mundo dito cristão.
Não podemos confundir a origem pagã com os dias de hoje. Caso contrário, teremos de proibir o vestido de noiva, o bolo de aniversário, etc. É claro que não ignoramos o fato de haver muito de paganismo na festa de Natal; também estamos cientes de que as pessoas estão cada vez mais distantes da centralidade do Natal: Jesus Cristo, o Salvador do mundo. Por outro lado, discriminar um irmão que tem uma árvore de Natal em casa ou proibir uma criança de admirar o chamado bom velhinho, num shopping center, são atitudes extremadas.
Quais são as únicas pessoas que, de fato, acreditam em papai Noel? As inocentes crianças. E de nada adianta os pais quererem proibi-las desse encantamento natural, que, aliás, não se dá apenas em relação ao Noel. Elas ficam encantadas com todo e qualquer boneco, palhaço, etc. Isso é coisa de criança.
Tudo nessa época do ano gira em torno de enfeites coloridos, com desenhos de papai Noel, árvores de Natal, etc. Caso os pais sejam extremistas, terão de proibir as crianças também de ir a shopping center, frequentar aulas a partir de novembro, assistir a desenhos animados que mencionem Papai Noel ou árvores de Natal, etc. Seria mesmo saudável impedir os infantes de terem esse contato com o mundo da fantasia, própria desse período da vida? Por outro lado, será que esses pais, preocupados com essa questão, têm ensinado o cristianismo aos seus filhos em casa e os levado à Escola Bíblica?
O que disse Paulo, em 1 Coríntios 13.11? “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”. Ou seja, nenhuma pessoa, depois de atingir a fase adulta, continua acreditando em papai Noel. Por que, então, os pais vão tirar essa alegria única da criança? Isso, psicologicamente, as prejudicará, tornando-as tristes, enquanto os seus coleguinhas vão estar se alegrando com as cores e novidades do Natal! Vale a pena ser tão inflexível?
Geralmente, crentes extremistas que verberam contra papai Noel e árvores de Natal são os mesmos que, inconscientemente, louvam ao “deus papai Noel”. Por quê? Porque só vão aos templos para receber, receber, receber... Não vão ao culto para adorar a Deus, mas comportam-se como se o Senhor fosse o bom velhinho do Pólo Norte, que entra no templo com um saco de presentes nas costas... Nunca dizem: “Hoje estou aqui para adorar a Jesus”. O seu pensamento é: “Hoje eu vim receber a minha bênção”.
E eu pergunto, amados internautas, o que é pior: montar uma árvore de Natal em casa ou ter um conceito errado acerca de Deus, pensando que Ele é um papai Noel?
0 comentários: